A Especialista em Gestão da Conservação, Anabela Rodrigues, disse que em Moçambique não existem campeões da conservação e nem líderes a arem essa mensagem.
Anabela Rodrigues falava num debate que abordou o Status da Conservação em Moçambique pelo Prisma dos Media, Evento organizado pela Fundação Universitária para o Desenvolvimento da Educação, FUNDE.
A fonte referiu durante a sua explanação que se não há um líder que faz isso, os dirigentes ao nível do distrito não absorvem isso como importante na agenda da conservação.
“De repente vejo o Presidente nestas visitas as áreas de conservação a fazer discursos interessantes, a receber prémios, pessoalmente acho que isso é positivo quando é genuíno e quando se traduz em alguma coisa que contribui para a melhoria das áreas de conservação”, observou.
Para Anabela Rodrigues, quando pessoas que não entendem de gestão de áreas de conservação são nomeadas e que claramente vão criar problemas a quem está a tentar fazer trabalho de conservação é uma manifestação negativa.
“Na questão do orçamento nos queixamos de dependermos do financiador externo e que por essa via não conseguimos ser autónomos, a história da soberania porque os parceiros é que mandam, entretanto, não há esforço, não há nenhuma batalha para quem está nas instituições que trabalham com conservação de conseguir mais financiamento do Orçamento do Estado” lembrou.
Para mim o facto de que estamos a competir com tantas outras áreas já não é desculpa pode haver outras áreas prioritárias mas quando a Biodiversidade tem tanto a ver com a produção, já não se discute o que se faz com as receitas, disse.
Para a nossa fonte não se discute o que se faz com as receitas porque há uma demasiada centralização na ANAC, há anos que andamos a discutir que os parques precisam de ter autonomia istrativa isso não aconteceu e ainda há anos que andamos a discutir que os fiscais precisam de mais protecção legal.
“ O Fiscal mata um caçador furtivo na sua missão de proteger o parque ou reserva provavelmente ele esta mais vulnerável ao exercício da justiça do furtivo que será protegido com alegações de protecção de direitos humanos, disse ainda. Sinto que estamos longe em ter uma correspondência entre esta imagem de um líder mais engajado que é positiva e favorável a isso se manifestar em vontade política”, conclui.