Vamos começar do básico
As primeiras siglas a saber são claramente COP, que significa Conferência das Partes, e UNFCCC, ou Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Este último é o tratado internacional das Nações Unidas que foi produzido pela chamada Cúpula da Terra, no Rio de Janeiro, em 1992. Já as COPs são as conferências que acontecem anualmente desde então e nas quais os principais ocorrem negociações climáticas. Aqueles que se reúnem duas vezes por ano, na COP e na Conferência de Bona sobre Alterações Climáticas, são os SB, ou órgãos subsidiários. Eles discutem e negociam vários aspectos da mitigação das alterações climáticas, tais como adaptação, financiamento, capacitação e transferência de tecnologia.
Os principais atores desta edição
emos agora às siglas que são particularmente importantes para esta edição da COP, aquelas que você ouvirá com mais frequência, porque estão ligadas aos temas mais quentes de discussão.
Com GST nos referimos ao balanço global (global stocktake), ou seja, ao processo de balanço da implementação do que foi decidido no Acordo de Paris com o objetivo de avaliar o progresso coletivo mundial no sentido de alcançar o propósito do Acordo e dos seus objetivos de longo prazo. Outro termo ligado ao balanço global é NDC, ou Contribuições Nacionalmente Determinadas, que traduzido significa contribuições determinadas a nível nacional. Os NDC são compromissos climáticos nacionais autodefinidos pelos países ao abrigo do Acordo de Paris, detalhando o que farão para ajudar a alcançar a meta global de 1,5°C, adaptar-se aos impactos climáticos e garantir financiamento suficiente para apoiar estes esforços. Os NDC não devem ser confundidos com os PAN, que são, em vez disso, Planos Nacionais de Adaptação, formulados e implementados pelas Partes. Trata-se de uma ferramenta que permite identificar quais são as suas necessidades de adaptação a médio e longo prazo e desenvolver e implementar estratégias e programas para responder a essas necessidades.
Agrupamentos partidários
Existem também agrupamentos, chamados agrupamentos partidários, que são continuamente mencionados em discussões e relatórios, o que é bom ter em mente. Os mais utilizados são os seguintes: EIG – Grupo de Integridade Ambiental, que inclui México, Liechtenstein, Mônaco, Coreia, Suíça e Geórgia; AGN – Grupo Africano de Negociadores, que é uma aliança de 54 estados africanos que representam os interesses da região com uma voz unificada; AOSIS – Aliança dos Pequenos Estados Insulares, que é uma coligação de 44 pequenos estados insulares e costeiros; AILAC – Aliança da América Latina e do Caribe, que é um grupo de 8 países que compartilham interesses e posições sobre mudanças climáticas; ALBA – Coalizão para as Nações das Florestas Tropicais e Aliança Bolivariana para os Povos da nossa América; ABU que inclui Argentina, Brasil e Uruguai; BASIC que é um grupo formado por 4 países recentemente industrializados, nomeadamente Brasil, África do Sul, China e Índia; LDC – Países Menos Desenvolvidos que inclui 46 nações particularmente afetadas pelas alterações climáticas e pouco envolvidas nas suas causas e finalmente LMDC – Países em Desenvolvimento com Pensamentos Afins, que é um grupo de países em desenvolvimento.
Os observadores
Para encerrar, relatamos algumas siglas que indicam grupos entre observadores e em particular entre representantes de ONGs, ou organizações não-governamentais. Estas estão divididas em: ENGOs – ONGs ambientais, que tratam do meio ambiente, RINGOs – Pesquisa e ONGs Independentes, que tratam de pesquisa ou são organizações independentes; BINGOs – Organizações Não Governamentais Empresariais e Industriais, do mundo empresarial e industrial; IPOs – organizações de povos indígenas, que representam as populações indígenas e finalmente YOUNGOs – Organizações Não-Governamentais Juvenis.