Trata-se de cinco raparigas menores de quinze anos de idade que eram exploradas sexualmente, nos acampamentos de caçadores furtivos, no interior do Parque Nacional de Banhine, situado na província de Gaza, sul de Moçambique.
E as autoridades daquela área de conservação afirmaram que o resgate das menores confirma as suspeitas da existência de esquemas de exploração sexual de menores, envolvendo membros da comunidade e caçadores furtivos.
O do Parque Nacional de Banhine, disse que as cinco menores resgatadas são filhas de membros das comunidades vizinhas do Parque Nacional de Banhine e a situação demonstra que a caça furtiva carrega consigo crimes conexos.
Abel Nhabanga disse que os caçadores furtivos recrutam, igualmente, jovens em idade escolar para reforçar as fileiras da exploração florestal ilegal, por um ordenado anual de vinte mil meticais (cerca de 294 dólares).
“O trabalho que eles fazem é comparado à escravatura e os jovens são alimentados por farinha de milho e feijão nhemba e, só conhecem quem leva o alimento e as drogas que consomem para terem muita energia para realizarem o trabalho florestal ilegal nas matas e falamos de um ano sem salário que é recebido apenas quando estão para sair do acampamento clandestino dentro do Parque”-explicou.
No ano ado foram instaurados quarenta e quatro processos-crimes de caça furtiva, vinte dos quais jugados e sentenciados, com penas que variam de três meses a dezoito anos de prisão.
Para responder aos casos de caça furtiva, o Parque Nacional de Banhine, também conhecido como Paraíso das Avestruzes, aumentou, de trinta para setenta e um fiscais e adquiriu uma avioneta para a fiscalização área.
A istração Nacional das Áreas de Conservação, ANAC, indica que reformas efectuadas na fiscalização em Parques e Reservas reduziu o número de mil para uma centena de animais abatidos ilegalmente por furtivos.
E o Director Regional da Peace Parks Foundation, Baltasar Souto, garantiu que a organização vai continuar a ajudar Moçambique na formação de quadros, construção de infra-estruturas e repovoamento nas áreas de conservação.
Para este ano, está prevista a translocação de duzentos animais para o Parque Nacional de Banhine e a meta é ter mais de dois mil animais nos próximos anos.