O que aprendi trabalhando com a UNESCO MIL – Media and Information Literacy durante o Dia Mundial da Liberdade

Por Amanda da Cruz Costa
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O futuro do trabalho é diverso, plural e colaborativo.

Foi com esse pensamento que aceitei o convite para integrar o Youth News Room, um projeto da UNESCO Media and Information que convidou um grupo composto por 27 jovens jornalistas, criadores de conteúdo, ativistas climáticos e checadores de fatos para cobrir o World Press Freedom Day, que esse ano teve como tema Journalism in the face of Environmental Crisis.

Foi uma experiência extremamente enriquecedora, disruptiva e inovadora que reuniu jovens comunicadores dos Estados Unidos, Kenya, Chile, Indonésia, México, França, Bósnia, Colômbia, Reino Unido, Espanha, Brasil e Holanda. O objetivo central do projeto foi possibilitar um espaço de aprendizagem mútuo e colaborativo entre os jovens profissionais, engajando-os na mesma missão: espalhar as notícias da conferência e criar ferramentas multimídias para disseminar a importância do debate climático como pauta prioritária do jornalismo global, enfatizando sempre a liberdade de expressão.

“Queremos entender as novas formas de comunicar e participar da transformação do ecossistema de disseminação de notícias.”

Lionel Brossi – Geral Coordinator

Esse foi um projeto pioneiro criado para engajar jovens comunicadores globais com o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado no dia 03 de maio. Essa data é uma lembrança criada no dia 20 de dezembro de 1993, com uma decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas relacionada com o Artigo 19 da Declaração Geral dos Direitos Humanos. 

Desse modo, a UNESCO marca as comemorações do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa premiando um indivíduo, organização ou instituição que contribui para a liberdade de imprensa pelo mundo, através do prêmio Guillermo Cana Isaza, um jornalista comlombiano que foi assassinado em frente ao prédio que trabalhava por divulgar notícias de denúncia ao narcotráfico. Esse ano, o prêmio foi destinado para jornalistas palestinos, que estão fazendo um trabalho corajoso cobrindo a guerra de Israel. 

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Depois da cerimônia de abertura, tivemos dois dias de muito trabalho. Fomos divididos em 6 pequenos grupos (Tracks), e ficamos responsáveis por cobrir alguns painéis da conferência. O meu grupo foi formado por dois jornalistas chilenos (Martin e Sebastian), uma editora nigeriana (Silvia) e eu, que fiquei responsável pela parte de criação de conteúdo (roteiros, apresentadora e editora de vídeo).

Olha, confesso que o primeiro dia foi bem desafiador. Cada pessoa tem uma cultura diferente, um jeito próprio de trabalhar e habilidades específicas. Percebi que enquanto os jornalistas estavam bem focados em participar dos painéis, fazer anotações e escrever sobre o assunto, os criadores de conteúdo prezavam por sua liberdade. Queríamos ear pelas salas, entrevistar pessoas e ter tempo de qualidade para editar os nossos conteúdos. 

No final do primeiro dia, fizemos uma reunião de para entender oque foi bom no dia, pontos de atrito e o que poderia ser melhorado. A partir das reflexões, nossa postura para o dia seguinte foi diferente. Nos dividimos em dupla e nos comprometemos em ensinar nossas habilidades entre os membros da equipe. 

O segundo dia foi muito mais leve, fluiu de um jeito mais dinâmico e até mesmo divertido. Foram diversas trocas, compartilhamentos e conversas e se eu pudesse resumir meus aprendizados em alguns tópicos, diria que essa experiência me possibilitou:

  • Desenvolver resiliência para trabalhar sobre pressão e istrar um número elevado de demandas
  • Criar empatia para entender o diferente ritmo de trabalho entre jornalistas, checadores de notícias e criadores de conteúdo de diferentes partes do globo
  • Estimular uma visão crítica para perceber que com respeito, horizontalidade e transparência, é possível realizar um trabalho de impacto.

Essa jornada foi maravilhosa! Me senti muito feliz por dar mais um o na caminhada do desenvolvimento da minha carreira internacional, trabalhando firme para pensar em estratégias inovadoras, criativas e disruptivas para democratizar a pauta climática em diferentes espaços!

Liberdade não é apenas estar livre, mas também ajudar outros a estarem livres.”

Audrey Azoulay, Director-General, UNESCO
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Amanda da Cruz Costa

Amanda Costa é ativista climática, jovem embaixadora da ONU, delegada do Brasil no Y20, liderança Forbes #Under30 e fundadora do Perifa Sustentável

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